Marcelinho Silva - "Um fã que deu certo"

Marcelo Silva, Beth (irmã do Bituca), Bituca e Lô Borges.
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Grande Pedro,
Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa. Á 20 anos atrás não tínhamos essa mídia eletrônica que atravessa fronteiras e chega aos lugares mais distantes desse planeta Terra. Obrigado pelo convite para dar esse humilde depoimento, sobre o movimento chamado Clube da Esquina, um movimento movido à música, amor e vida e que mudou a minha vida definitivamente há 25 anos atrás.
Do encontro com o álbum duplo em 1983 numa loja de discos de vinil, na rua Sete de Setembro no centro do Rio de Janeiro, álbum esse que descobri quando ele já tinha dez anos de lançado, até os dias de hoje e amanhã, o que posso relatar é que nunca ouvi em matéria de música nada que fosse melhor do que esse disco, e olha que eu já ouvi praticamente tudo em forma de música.
Através dele fui descobrindo quem eram os donos das mãos por trás dos instrumentos dos quais saiam melodias, harmonias e poesias infinitas. Virei fã e colecionador de todos os discos dessa trupe liderada pelo Bituca e Lô.
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O passo seguinte foi vê-los ao vivo em shows e registrar através de fotos na medida do possível, esses momentos lúdicos e inesquecíveis em locais tais como Canecão, Circo Voador, Parque Lage, Parque da Catacumba, Jazzmania, Sambódromo, Planetário da Gávea, Jardim Botânico e até em outras cidades. Isso acabou virando uma espécie de religião para mim, pois minha casa acabou virando uma espécie de santuário do Clube com discos, fotos e instrumentos para todos os lados. Estudei guitarra e percussão para tentar entender o que eu escutava. Em 86, viajei a Ouro Preto para o I Seminário Brasileiro de Música Instrumental, idealizado pelo Toninho Horta, o maior guitarrista do mundo, claro que fui na esperança de conhecê-lo e tirar uma foto com ele, mas quis o destino que dali surgisse uma amizade que transcendeu o meu próprio tempo e, já dura 22 anos, e que me fez viajar por esse país continental como técnico de palco primeiro do Toninho, depois do Flávio, , e depois com todos eles na memorável turnê do Minas em Concerto, na qual conheci amigos que perduram até hoje e um grande amor, no caso da Sylvie. Vivi anos na estrada, com esses amigos, vi de tudo um pouco, me diverti bastante com eles e, confesso que foram os melhores anos de minha vida. Ano passado passei meu aniversário junto com Lô, Marcinho, Ronaldo, Brant, Nelson Ângelo e Cláudio Guimarães numa apresentação do Museu Clube da Esquina em Niterói, um grande presente. Nunca planejei nada na vida, ela simplesmente me levou por esses caminhos, por isso me considero “um fã que deu certo”, pulei da platéia para o palco, voltei para a platéia, e segui sem destino minha vida, apenas vivendo, mas sempre ouvindo o som do Clube da Esquina e, hoje, dando de ouvir ao meu filho Hugo de três anos o cd do Clube da Esquina, na expectativa que esse som que mudou minha vida e foi o melhor disco do Século XX, possa também quem sabe, mudar a dele também.

Beijão e infinita vida ao Blog e ao Clube!
Marcelinho Silva

Olá Clubeiros !!!

Olá Clubeiros !!!