Grande Discoteca Brasileira



Chega às bancas a coleção Grande Discoteca Brasileira Estadão



Ao todo serão 25 volumes, cada um com um CD acompanhado de um livreto com média de 60 páginas, incluindo fotos inéditas e informações técnicas sobre discos de grandes intérpretes e compositores da música brasileira.
Para formar esta coleção exclusiva, o Estado contou com a curadoria do produtor musical Ricardo Moreira, com grande experiência no mercado fonográfico, tendo trabalhado como consultor de catálogos de grandes gravadoras.
Como toda lista raramente atinge uma unanimidade, Moreira teve a difícil tarefa de escolher 25 discos que contassem parte da importante história da música popular do País. "Eu procurei me ater a algum certo consenso, com discos extremamente relevantes para a música brasileira e que não poderiam ficar de fora de uma coleção como essa. Foi muito difícil escolher apenas 25 álbuns em um país com uma riqueza musical continental, foi uma tarefa para se dar para algum inimigo", brinca o curador.

Clube da Esquina

Em 1972, depois de ter lançado mais três discos - Courage (CTI, 1969), um outro com o mesmo título, Milton Nascimento (1969, Odeon) e Milton (1970, Odeon) -, já reconhecido pelo sucesso de Travessia, Milton provaria ser muito mais do que compositor de uma música só. Na época, Milton já havia deixado Três Pontas, onde tocava no conjunto W"s Boys, com Wagner Tiso, mudando-se para Belo Horizonte. Lá, conheceria os irmãos Marilton, Márcio e Lô Borges, além de Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Tavinho Moura, Flávio Venturini, Vermelho e Toninho Horta. Com toda a trupe, que se reunia na hoje famosa esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, Milton não só apenas lançaria um dos álbuns mais importantes de sua carreira, como também um dos discos mais relevantes da história da música popular brasileira.

Em mais um exemplo do poder infindável de renovação musical do
País, Clube da Esquina foi um verdadeiro choque em sua época e perdura até hoje por sua originalidade. O álbum tinha a comunhão das bagagens dos diversos integrantes do grupo, como a influência dos Beatles, das harmonias elaboradas de Jobim, variações rítmicas na medida certa e a linguagem particular e emotiva emanada das Gerais.
A competente produção de Milton Miranda, alguns arranjos dos geniais Wagner Tiso e Eumir Deodato, além da regência do saudoso Paulo Moura resultaram em 21 faixas eternizadas, como Cais, Nada Será Como Antes, Tudo Que Você Podia Ser, Trem Azul, Cravo e Canela, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, as enxarcadas de latinidade Dos Cruces e San Vicente, a densa Me Deixa em Paz, de Airton Amorim e Monsueto Menezes, com participação de Alaíde Costa, e o grande destaque do disco, Clube da Esquina nº2, em versão instrumental, acompanhada dos vocalizes em falsetes de Milton, com arranjo primoroso de Deodato. A força do álbum ainda seria atestada mais tarde, quando diversos temas de Clube da Esquina ecoariam com gravações de nomes da magnitude de Tom Jobim, Nana Caymmi, Ney Matogrosso e Elis Regina.

Acesse : http://grandediscotecabrasileira.com.br/

A RBS Publicações é a unidade do Grupo RBS que atua na
produção e comercialização de projetos editoriais,
e lançou recentemente a coleção Grande Discoteca Brasileira.

Obrigado especial a Roberta da Silveira Corrêa da Duplo M.

Um comentário:

Daniel disse...

Muito bom adoro essa coisa antiga

Olá Clubeiros !!!

Olá Clubeiros !!!